O câncer de próstata é a segunda neoplasia mais comum no sexo masculino, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. No Brasil é a neoplasia urológica mais frequente, estima-se que a incidência de câncer de próstata corresponda a um risco de 62 /100 mil homens, com maior prevalência nas regiões Sudeste, seguida de Centro-Oeste e Sul. A probabilidade de ocorrência do câncer de próstata aumenta com a idade, com maior prevalência em homens negros e com histórico familiar para a neoplasia. A sobrevida ao câncer de próstata é influenciada pelo diagnóstico precoce, além de melhorar a qualidade de vida do paciente.
O diagnóstico clínico do câncer de próstata é feito através de exame de toque retal e exames de imagens (ressonância magnética e ultrassonografia). O advento e introdução na prática clínica do exame laboratorial para a dosagem de proteína do sangue (PSA) em conjunto com exame de toque retal, trouxe a possibilidade de diagnosticar lesões malignas enquanto ainda estão localizadas na próstata, o que permite na maioria das vezes, tratamento curativo.
Pacientes diagnosticados com câncer de próstata localizado podem optar pelas seguintes formas de terapia: radioterapia, quimioterapia, braquiterapia ou cirurgia. Embora existam múltiplas opções de tratamento, a prostactemia radical (remoção total da próstata) continua sendo o padrão ouro para o controle eficaz a preciso desta doença.
O tratamento cirúrgico deve ser considerado sempre que existir intenção curativa. A cirurgia radical tem se consolidado como a estratégia de escolha para o controle oncológico efetivo do câncer de próstata, especialmente por que cursa com maiores taxas de sobrevida. O procedimento cirúrgico radical pode ser realizado pelas vias aberta, videolaparoscópica ou robótica.
A braquiterapia da próstata utiliza fontes radioativas seladas, inseridas diretamente na glândula prostática, com objetivo de fornecer altas dose de radiação na região de interesse e permitir rápida queda de dose nos órgãos normais adjacentes.
Independente da via de acesso do tratamento cirúrgico do câncer de próstata (laparoscópica, aberta ou robótica), o risco de impotência sexual e/ou incontinência urinária podem ocorrer em alguns casos. Além disso, a radioterapia também não é isenta de complicações, podendo ter as mesmas complicações que a cirurgia, além do risco de causar cistite ou proctite. Neste contexto a prevenção precoce do câncer de próstata ganha destaque.
Nos últimos 25 anos a cirurgia minimamente invasiva conquistou e afirmou seu papel, tornando se padrão no tratamento de diferentes patologias urológicas, bem como outras especialidades médicas. O conceito de mínima invasão em cirurgia associa se a eficácia equiparável aos procedimentos padronizados por via aberta, agregando-se a menor dor pós-operatória, rápida recuperação, redução das complicações relacionadas a ferida operatória, menor sangramento, menor tempo de hospitalização, resultados cosméticos superiores e, em alguns casos, menor custo.
Os procedimentos laparoscópicos tem aumentado na pratica urológica nos últimos anos. Atualmente é uma opção para cirurgias reconstrutivas de maior complexidade. O principal benefício da cirurgia laparoscópica está no fato de minimizar o trauma relativo ao acesso cirúrgico.
No Brasil, a cirurgia robótica vem sendo realizada desde 2008, no entanto, poucas instituições no país detém essa tecnologia. Na urologia, a cirurgia robótica é aplicada no tratamento de câncer de próstata. Dentre as vantagens da cirurgia robótica em relação à cirurgia aberta está a diminuição do sangramento e do tempo que o paciente fica com sonda, reduzindo a probabilidade de infecção.
Quadro clinico: Atualmente com os métodos de detecção precoce a maioria dos pacientes diagnosticados são assintomáticos. A suspeita do câncer de próstata é feita pelo exame digital da glândula ou aumento do PSA sérico. O diagnóstico definitivo é feito pela analise da biopsia prostática. Exames complementares como Ressonância Nuclear Magnética, Cintilografia Óssea ajudam a identificar possíveis focos de doença extra prostática.
Tratamento: Com o diagnóstico precoce e tratamento apropriado as chances de cura são altas. As principais terapêuticas são Cirurgia, Radioterapia e Hormonioterapia.