No Brasil, o câncer de pênis acomete cerca de 2% da população distribuída principalmente nas regiões Norte e Nordeste, com maior incidência em homens acima de 50 anos e de baixo nível socioeconômico. Dentre os fatores risco ao câncer de pênis estão a falta de higiene íntima, fimose e doenças sexualmente transmissíveis, como o HPV.
O tratamento cirúrgico do câncer de pênis é o mais empregado e com melhores resultados. Em casos de lesão primária é feita a amputação parcial ou total do pênis. Lesões pequenas, localizadas no prepúcio podem ser tratadas por circuncisão, embora os índices de recorrência sejam altos (20% a30%), o que significa que os pacientes tratados devem ter acompanhamento médico frequente. Tumores pequenos e únicos, localizados na glande têm como opção tratamento por procedimento como a glandectomia (remoção cirúrgica da glande). Neste caso, a reconstrução da glande pode ser feita com a utilização de enxertos dérmicos.
A quimioterapia sistêmica para o tratamento do câncer de pênis pode ser utilizada antes e após a cirurgia para a retirada dos tumores. Em casos de doença metastática, o tratamento cirúrgico tem indicações limitadas, em geral apenas com finalidade paliativa ou higiênica. Neste estádio da doença dá se preferência a quimioterapia, embora os resultados sejam reservados. O uso de antibioticoterpia é recomendado, pois comumente os tumores penianos apresentam ulceração e infecção.